Palavras do Irmão Roger Schutz, falecido prior de Taizé, citado pelo Cardeal Walter Kasper em Zenit:
“Encontrei a minha própria identidade de cristão reconciliando em mim mesmo a fé das minhas origens com o mistério da fé católica, sem ruptura de comunhão com ninguém“.
Prêmio de consolação por essa loucura modernista?
Receber a comunhão todos os dias na missa católica em Taizé, várias vezes de João Paulo II e também do então Cardeal Ratzinger.
Muito bonito o gesto dos Papas. Compreendem que Deus age misteriosamente mesmo em almas confusas como a do pobre irmão Roger que, apesar dos pesares, tinha em sua consciência que estava, sim, em comunhão com a fé católica. Atualmente o prior de Taizé é católico, pela própria vontade do irmão Roger. São pistas de que há algo que ainda não sabemos, mas que, provavelmente, sabiam os Papas, o cardeal Kasper.
CurtirCurtir
Prezado Wagner, obrigado pelo comentário.
Que Frère Roger tinha algum vestígio de catolicismo já há muito tempo é de conhecimento público. Tanto que até ele preocupou-se com uma declaração de João XXIII, dando sinal que ele conhecia já em 1959 a doutrina católica: https://fratresinunum.wordpress.com/2008/08/21/ainda-o-irmao-roger-schutz/
O que preocupa, e parece que seu amigo Jorge compartilha dessa preocupação, é o método propagado pelos ecumenistas (para os quais Roger é a experiência bem sucedida), do aprofundamento contínuo na fé católica que não gera nenhum rompimento com suas raízes protestantes.
Convenhamos, caro Wagner, que isso é impossível. Quando se professa as verdades do credo católico, por exemplo, a respeito da doutrina da justificação, naturalmente se rompe com a doutrina protestante.
Certamente a Cúria Romana tem conhecimento muito maior sobre isso do que nós, pobres mortais. O grande problema é que na Cúria existem interessados na propagação desse método irenista e que também se utilizam, junto da própria comunidade de Taizè, da figura do Irmão Roger para propagar o ideal ecumênico de unidade.
Seria interessante, com absoluta certeza, restaurar o rito de abjuração à heresia para garantir a clareza das conversões.
E é bem possível que Frère Roger tenha realmente se convertido. O que pode-se lamentar é a ambiguidade dessa conversão. Existem inúmeros testemunhos conflitantes a esse respeito, não havendo unanimidade nem entre os mais próximos dele.
Afinal, a perda de Irmão Roger seria uma grande derrota para a causa ecumênica. Assim, não se pode excluir a possibilidade de uma verdadeira conversão de Irmão Roger e, em contrapartida, uma real “operação abafa”, visando não permitir a propagação do feito.
O único problema dessa tese: se a conversão se deu em 1972, teria Irmão Roger se submetido a essa operação por mais de 30 anos?…
Rezemos por ele.
CurtirCurtir